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sábado, 24 de janeiro de 2009

Eterno jardim


Eis que a primavera se foi, trazendo um verão que remete mais características de um inverno do que propriamente de um verão, enfim, com o término da primareva pergunto-me o que será das flores, dos frutos, do jardim?
Lembro-me bem o gosto que sentia ao ver aquele tal jardim, com suas flores, suas cores, seus cheiros, mas, talvez o principal fenômeno que por lá ocorria era o encontro da borboleta com o jardim.
De certa forma, o encontro mais parecia uma simbiose de perfeito encaixe, pois, de um lado tínhamos o jardim, que sentia que com a chegada daquela borboleta era como se pudesse completar todo o colorido que não obtivera com todas aquelas flores em seu jardim, porém, a borboleta podia sentir a segurança de sentir os pés no chão, uma espécie de porto-seguro, um colo, o cheiro, pois era perceptivo o cansaço dos vôos sem destino.
E toda aquela demonstração de alegria era demonstrada através dos vôos descompassados da borboleta e com o exalar das rosas ao longo do encontro.
Mas alguma coisa aconteceu, parece que o tal encontro, já não ocorre com tanta freqüências, muitos dizem que nem encontro mais há, outros afirmam que o jardim refletiu a falta da tal borboleta.
São certas coisas que só a primavera nos traz, só ela proporciona, mas, eis que a primavera se foi, o jardim ainda existe, persiste, ao seu redor visitam-lhe os pássaros, as abelhas, formigas, mas a tal borboleta não mais.
Tudo isto se reflete nas cores, no cheiro, na beleza do jardim saudoso, são os sintomas pós-estação das flores, mas que de fato ansioso o jardim se mostra, com o retorno da primavera.






GS2N

2 comentários:

  1. Olá, meu rapaz!
    Que bom descobrir q vc tb gosta das letras.... hehehehehe

    Adorei!

    Beijão
    www.praquemesmo.blogspot.com

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