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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Depoimento de um Grafiteiro - Parte 01




Estas "novidades" tecnológicas acabam virando febre, pois é, logo eu que nunca me vi blogueiro, cá estou, escrevendo linhas diante deste monitor ao som de um clássico Hip Hop (Beastie Boyz), porém firmão, sendo assim, um brinde a tecnologia e a abertura para novas possibilidades.

Gostaria de falar um pouco de um acontecimento inusitado, mas nada inédito, percorrer hoje a cidade de Niterói e encontrá-la todas as paredes cinzas soa como uma espécie de afronta, como uma espécie de retorno aos períodos que não foram por mim vividos, mas que foram lidos, refiro aos momentos de ditadura e repressão artística.

Vivemos contra censos, elogios, contradições, repressões, admirações, preconceitos e tudo mais, considero tudo isto muito natural, de fato, manifestações artísticas estão aí para isto, mas claro que surgem perguntas que poucos responderiam.
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Mas, obviamente o grafiteiro fica diante de uma bifurcação, qual o caminho a seguir a partir de então? Desiste do graffiti? Segue na luta? Enfim, claro que cada um tirará sua resposta diante de toda esta situação, mas se quiserem (ou não) minha honesta opinião, lá vai.
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Todas as manifestações artísticas passarem por algum tipo de afrontamento, repressão social ou similares, discussões referentes se aquela determinada expressão artística era ou não arte sempre foram especuladas dentro da arte contemporânea antes de se tornarem as grandes referências que hoje são.
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Sendo assim escritores, penso que estamos no caminho certo, haverão poucos que continuarão enxergando o crivo e o impacto cultural que o graffiti proporciona, porém, vejo também que haverão tantos outros portando suas pedras, suas munições em uma van tentativa de inibir aquilo que é hoje uma das manifestações contemporâneas mais ricas e livres da atualidade.
Continuemos nesta jornada, facilidade não teremos, mas é certo que o triunfo está cada vez mais próximo!
Muita tinta a todos!

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